Economia
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A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – inflação oficial do país – caiu de 5,5% para 5,46% em 2025, segundo dados do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (2) pelo Banco Central. A estimativa segue acima do teto da meta de inflação, fixada em 3%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, o que estabelece o limite máximo em 4,5%.
Em abril, a inflação foi de 0,43%, resultado influenciado pelo aumento nos preços dos alimentos e medicamentos, conforme dados do IBGE. Com isso, o acumulado de doze meses chegou a 5,53%. Apesar de indicar uma desaceleração em relação aos dois meses anteriores, o índice segue pressionado.
Para alcançar a meta, o principal instrumento utilizado pelo Banco Central é a taxa Selic, que está atualmente em 14,75% ao ano, após seis altas consecutivas. Na mais recente reunião, o Copom decidiu por um novo aumento de 0,5 ponto percentual e destacou que a incerteza no cenário econômico exige prudência nas decisões futuras.
A expectativa do mercado é que a Selic continue nesse patamar até o final de 2025. Para os anos seguintes, a previsão é de reduções graduais, chegando a 12,5% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 caiu ligeiramente, de 2,14% para 2,13%. Já para 2026, a expectativa subiu para 1,8%, com 2% estimados para 2027 e 2028. No primeiro trimestre de 2025, o PIB avançou 1,4%, impulsionado pelo desempenho da agropecuária.
A previsão para a cotação do dólar subiu para R$ 5,80 até o fim deste ano. Para 2026, a estimativa do mercado é de R$ 5,90, indicando tendência de valorização da moeda norte-americana no período.