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Mercado eleva projeção do PIB brasileiro para 3,49% em 2024

Inflação deve fechar o ano acima da meta, enquanto Selic pode subir para 14,75% em 2025.
O crescimento da economia nacional deve chegar a 3,49% em 2024. (Foto: Marcello Casal Jr)

A previsão do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 subiu de 3,42% para 3,49%, conforme o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (23) pelo Banco Central (BC). O desempenho positivo no terceiro trimestre, que registrou alta de 0,9% em relação ao período anterior, contribuiu para o otimismo. O crescimento acumulado no ano, entre janeiro e setembro, é de 3,3%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2023, a expansão foi de 3,2%.

O Banco Central também revisou sua estimativa, passando de 3,2% para 3,5%, após o desempenho acima do esperado no terceiro trimestre. Para 2025, o mercado prevê crescimento de 2,02%, enquanto as projeções para 2026 e 2027 apontam alta de 1,9% e 2%, respectivamente.

A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, foi elevada de 4,89% para 4,91% em 2024, ultrapassando o teto da meta de 4,5% definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2025, o mercado espera inflação de 4,84%, enquanto para 2026 e 2027, as previsões são de 4% e 3,8%, respectivamente.

Segundo o IBGE, a inflação acumulada em 12 meses até novembro foi de 4,87%, pressionada principalmente pelos gastos com alimentos. O Banco Central já admitiu a possibilidade de descumprimento da meta em 2024 e indicou 50% de chance de o índice também ultrapassar o limite em 2025.

O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic em 12,25% ao ano na última reunião, mas sinalizou novos aumentos em 2025. A expectativa é que a taxa chegue a 14,75% no próximo ano, com redução para 11,75% em 2026 e 10% em 2027.

Desde agosto de 2022, a Selic permaneceu em 13,75%, passando por cortes gradativos até atingir 10,5% em maio de 2024. No entanto, o BC iniciou um ciclo de alta em setembro e novembro, com aumentos de 0,25 e 0,5 ponto percentual, respectivamente.

A elevação da Selic busca controlar a inflação ao encarecer o crédito e estimular a poupança, mas também pode impactar o crescimento econômico ao restringir o consumo e os investimentos. Em contrapartida, cortes na taxa reduzem os custos de financiamento, incentivando a atividade econômica, mas podem aumentar a pressão inflacionária.

A cotação do dólar deve fechar 2024 em R$ 6, com leve queda para R$ 5,90 em 2025, segundo o Focus. A volatilidade cambial foi impulsionada por fatores como a incerteza fiscal e os ajustes nas políticas monetárias nacionais e internacionais.

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