As ações na China começaram 2025 com uma forte retração, registrando o início de Ano Novo mais fraco desde 2016, impulsionado por dados industriais abaixo das expectativas. Em Hong Kong, os índices também apresentaram quedas significativas.

O índice CSI 300, que reúne blue-chips da China, encerrou com recuo de 2,9%, enquanto o Shanghai Composite caiu 2,7%. Já o índice Hang Seng, referência de Hong Kong, teve baixa de 2,2%.

A atividade fabril chinesa em dezembro mostrou crescimento, mas em ritmo menor que o esperado, afetada pela queda nos pedidos de exportação e pelas incertezas quanto às perspectivas comerciais. Esses resultados preocupam os investidores, principalmente após os ganhos anuais registrados em 2024, quando políticas de estímulo haviam recuperado parte da confiança do mercado após três anos de queda sem precedentes.

Especialistas indicam que o mercado deverá permanecer volátil até o Congresso Nacional do Povo, em março, quando são esperadas novas metas de crescimento e anúncios de estímulos econômicos pelo governo.

Os setores mais impactados no pregão foram o financeiro, com baixa de 3,5%, e o de tecnologia, que recuou 4,3%. O setor imobiliário também caiu 2,4%, mesmo com o leve aumento nos preços das novas casas registrado em dezembro.

Outro destaque negativo foi a cadeia de hipermercados Sun Art, cujas ações despencaram 20% após o Alibaba anunciar a venda de sua participação majoritária na empresa para a DCP Capital. Com isso, as ações do próprio Alibaba também tiveram queda de 1,3%. As grandes empresas de tecnologia listadas em Hong Kong seguiram a mesma tendência, com uma retração média de 2,5%.