O Museu da Cultura Cearense (MCC), no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza, recebe a partir desta sexta-feira (25) a exposição “Aquilo que Habita em Mim”, da artista Ana Mundim, com curadoria de Lucas Dilacerda. A mostra marca os 30 anos de trajetória da multiartista e segue em cartaz até 10 de agosto, com acesso gratuito e livre para todas as idades.

A exposição reúne fotografias e obras audiovisuais que propõem uma reflexão sobre a inseparabilidade entre corpo e natureza, por meio da técnica de múltiplas exposições que sobrepõem autorretratos da artista a elementos naturais, como fungos, raízes e líquens. Esses elementos compõem o conceito da “terceira paisagem”, uma territorialidade híbrida e em transição, que resiste a lógicas de ordenamento impostas pela colonização.

Ana Mundim fundamenta a proposta na ideia de Simbioceno, uma nova era imaginada pela artista em que todas as espécies convivem em harmonia, rompendo com as estruturas do Antropoceno e criticando os efeitos destrutivos do neoliberalismo sobre a vida no planeta.

Segundo o curador Lucas Dilacerda, a mostra se estrutura em torno de três eixos principais: a água, o corpo como paisagem e a presença dos fungos. A água aparece como símbolo de fluxo e transformação, o corpo é apresentado como um território vivo e poroso, e os fungos são tratados como agentes que mediadores da vida e da decomposição, evocando relações de interdependência e simbiose.

Acessibilidade e visitação

O espaço conta com recursos de acessibilidade, incluindo tradução para Braille, peças táteis, interpretação em Libras e audiodescrição das obras. A estrutura do museu é arquitetonicamente acessível, com cadeira de rodas disponível na recepção.

A visitação ocorre de quarta a sexta-feira, das 9h às 18h, e aos sábados, domingos e feriados, das 13h às 18h, com entrada permitida até 30 minutos antes do fechamento.