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Copom mantém Taxa Selic em 15% ao ano pela terceira vez consecutiva

Em decisão unânime, Banco Central justifica a manutenção dos juros no maior patamar desde 2006 pela incerteza no cenário externo e pela inflação ainda acima da meta no Brasil.
Manutenção da Taxa Selic
A decisão, unânime e já esperada pelo mercado, reflete a cautela do Banco Central diante da inflação e das incertezas no cenário econômico global. (Foto: Marcello Casal Jr)

Em um cenário de desaceleração econômica e inflação persistente, o Banco Central (BC) optou pela cautela. O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou, nesta quarta-feira (5), a manutenção da Taxa Selic em 15% ao ano. A decisão, tomada por unanimidade, era amplamente esperada pelo mercado financeiro e marca a terceira reunião consecutiva em que os juros básicos da economia permanecem inalterados, no maior patamar desde 2006.

Cenário de incerteza exige cautela

Em comunicado, o BC justificou a decisão apontando para um ambiente externo incerto, influenciado pela política econômica nos Estados Unidos, e para um cenário interno onde a inflação, apesar de recuar, continua acima da meta. “O cenário atual, marcado por elevada incerteza, exige cautela na condução da política monetária”, destacou a nota do Copom, que não descartou a possibilidade de voltar a elevar os juros “caso julgue apropriado”.

Inflação acima da meta

A Selic é o principal instrumento do BC para controlar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país. Atualmente, o IPCA acumula alta de 5,17% em 12 meses, valor superior ao teto da meta para o ano, que é de 4,5%.

A estratégia do Banco Central é manter os juros elevados por um “período bastante prolongado” para garantir que a inflação convirja para o centro da meta, que é de 3%. Juros altos encarecem o crédito, desestimulando o consumo e, consequentemente, a alta dos preços.

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