Economia
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Dados divulgados pelo Banco Central (BC) na quinta-feira (7) mostram que, até o fim de setembro, R$ 8,53 bilhões permaneciam esquecidos no sistema financeiro brasileiro, aguardando saque. Esse montante faz parte do Sistema de Valores a Receber (SVR), que, desde sua abertura em 2022, disponibilizou R$ 16,88 bilhões para devolução aos correntistas.
Em outubro, os valores restantes foram transferidos para o Tesouro Nacional, aguardando um novo edital com regras específicas para solicitação de resgate. Caso não sejam retirados em até 25 anos, esses valores poderão ser incorporados ao patrimônio da União.
Até o final de setembro, mais de 24,6 milhões de correntistas haviam realizado o resgate, representando apenas 35,3% dos 69,9 milhões de beneficiários incluídos na lista do programa. A maioria dos saques realizados corresponde a pequenos valores: 63,52% dos beneficiários têm direito a quantias de até R$ 10, enquanto apenas 1,83% dos correntistas possui valores superiores a R$ 1 mil a receber.
A demanda pelo SVR voltou a crescer em setembro, mês em que foram retirados R$ 395 milhões, uma alta em comparação com os R$ 255 milhões resgatados em agosto. O aumento na busca foi impulsionado por mudanças legislativas, que estabeleceram a transferência dos valores esquecidos ao Tesouro Nacional para ajudar no financiamento da desoneração da folha de pagamento.