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Luiz Fux muda para a Segunda Turma do STF após aposentadoria de Barroso

Ministro deixa colegiado responsável por julgar trama golpista.
Luiz Fux Segunda Turma
decisão, autorizada pelo presidente da Corte, Edson Fachin, ocorre após Fux votar pela absolvição de Bolsonaro e Braga Netto no julgamento da trama golpista. (Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom)

O ministro Luiz Fux solicitou e obteve autorização para mudar da Primeira para a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão, assinada nesta terça-feira (21) pelo presidente da Corte, ministro Edson Fachin, preenche a vaga deixada pela aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso. A movimentação tem impacto direto nos julgamentos relacionados à trama golpista, que estavam sob a alçada da Primeira Turma.

Contexto da mudança

A transferência de Fux ocorre em um momento crucial. Recentemente, o ministro proferiu votos pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro, do general Braga Netto e de outros sete réus do núcleo de desinformação da trama golpista, divergindo da maioria de seus colegas. Com sua saída, a Primeira Turma ficará temporariamente com apenas quatro integrantes: Alexandre de Moraes (relator dos casos), Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino.

A quinta cadeira só será preenchida após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomear o substituto para a vaga de Barroso no plenário do STF. A partir de agora, os recursos de Bolsonaro e dos demais condenados serão analisados por este colegiado reduzido.

Composição das Turmas e próximos julgamentos

Com a mudança, Fux se junta aos ministros André Mendonça, Nunes Marques, Gilmar Mendes e Dias Toffoli na Segunda Turma.

Até o momento, o STF já sentenciou 15 réus no âmbito da trama golpista. Além dos sete condenados na última sessão, outros oito acusados do “Núcleo 1”, liderado por Bolsonaro, já haviam sido apenados. O cronograma dos próximos julgamentos segue com o Núcleo 3 em 11 de novembro e o Núcleo 2 a partir de 9 de dezembro.

Ainda não há data para o julgamento do Núcleo 5, formado pelo empresário Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura João Figueiredo. Ele reside nos Estados Unidos e não apresentou defesa no processo.

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