Pesquisar

Economia

Economia

Lucro do Banco do Brasil cai 60% no 3º trimestre, pressionado por inadimplência e novas regras

Instituição lucrou R$ 3,78 bilhões e revisou para baixo a projeção de ganhos para 2025.
Lucro Banco do Brasil
O lucro do Banco do Brasil foi impactado por um cenário de maior inadimplência e por mudanças regulatórias no setor financeiro. (Foto: Marcelo Camargo)

O Banco do Brasil reportou uma queda acentuada em seus resultados do terceiro trimestre. Pressionado por novas regras contábeis e pelo aumento da inadimplência, o lucro líquido ajustado do Banco do Brasil somou R$ 3,785 bilhões entre julho e setembro, um recuo de 60,2% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Inadimplência e novas regras contábeis impactam resultado

Dois fatores principais explicam a queda. O primeiro é o aumento do índice de inadimplência (atrasos acima de 90 dias), que subiu para 4,93%, influenciado principalmente pelo agronegócio e pela linha de cartões de crédito. O segundo fator foi a entrada em vigor de novas regras do Conselho Monetário Nacional (CMN), que alteraram a forma como o banco provisiona perdas e reconhece receitas de operações em atraso.

Projeções para 2025 são revisadas para baixo

Apesar do cenário desafiador, o banco destacou que a geração de receitas com clientes segue crescendo, impulsionada por produtos como o Crédito do Trabalhador. Mesmo assim, com a queda no resultado, o BB revisou suas projeções para 2025. A estimativa de lucro líquido ajustado para o ano, que antes era de R$ 21 bilhões a R$ 25 bilhões, agora fica entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões. A carteira de crédito total do banco encolheu 1,2% no trimestre, para R$ 1,279 trilhão, puxada pela retração no crédito para empresas.

Balanço do 3º Trimestre de 2025:

  • Lucro Líquido Ajustado: R$ 3,785 bilhões (-60,2% em 12 meses).
  • Índice de Inadimplência: 4,93% (contra 3,33% no 3º tri de 2024).
  • Carteira de Crédito: R$ 1,279 trilhão (-1,2% no trimestre).
  • Nova Projeção de Lucro para 2025: Entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões.

Mais notícias