O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta terça-feira (12), no Palácio do Planalto, o projeto de lei 397/2019, que institui o Dia Nacional do Maracatu, a ser celebrado anualmente em 1º de agosto. A escolha da data homenageia o nascimento de Luís de França, líder do Maracatu Leão Coroado, o mais antigo de Pernambuco. Já existe um Dia do Maracatu em Pernambuco, comemorado na mesma data.

Durante a cerimônia, Lula destacou a importância de promover a cultura do Maracatu em todo o país, afirmando que o Estado deve adotar medidas concretas para difundir essa arte brasileira. “Não é possível que a gente crie o Dia Nacional do Maracatu e somente Pernambuco continue conhecendo a fundo o Maracatu”, disse o presidente, ressaltando a necessidade de apoio e patrocínio público e privado para fortalecer e divulgar o Maracatu em nível nacional e internacional.

A manifestação cultural surgiu no século XVIII em Pernambuco, combinando percussão, dança, trajes elaborados e elementos de religiosidade. Para a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, autora do projeto quando era deputada federal por Pernambuco, o Maracatu é uma expressão única da cultura pernambucana, ligada à coroação simbólica de reis e rainhas do Congo e enraizada nas tradições africanas e europeias. Durante a sanção, o mestre Maciel Salustiano liderou uma apresentação do Maracatu de Baque Virado, típica da Zona da Mata pernambucana.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, ressaltou que o Maracatu é mais que uma dança, é um símbolo da cultura popular brasileira que une comunidades e resgata a ancestralidade africana. “Aos ritmos dos tambores, alfaia e clarins, somos transportados para um espaço-tempo onde alegria e ancestralidade se entrelaçam, formando um mosaico vibrante de cores”, afirmou a ministra.