O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou, nesta quinta-feira (15), o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão, proferida pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, afasta também toda a diretoria da entidade máxima do futebol nacional.

Com a medida, o vice-presidente Fernando José Sarney assume interinamente o comando da CBF, sendo também responsável por convocar novas eleições para os cargos diretivos, de acordo com os prazos estabelecidos no estatuto da entidade.

A decisão judicial decorre de suspeitas de fraude em um acordo homologado no início do ano, que serviu de base para encerrar uma ação judicial que questionava o processo eleitoral da CBF e garantiu a manutenção de Ednaldo Rodrigues no cargo.

Investigação aponta assinatura falsa e problemas de saúde

A petição inicial do processo teve como base a denúncia de que a assinatura do Coronel Nunes, ex-presidente da entidade e um dos signatários do acordo, não seria autêntica. A Justiça considerou, ainda, laudos médicos e periciais que indicam déficit cognitivo e incapacidade mental do dirigente desde 2018, quando foi diagnosticado com câncer no cérebro.

Um dos documentos apresentados é um laudo de 2023, assinado pelo médico Jorge Pagura, da própria CBF, que reforça o diagnóstico. Além disso, uma perícia independente apontou que a assinatura do Coronel Nunes no documento questionado não é verdadeira.

Pedidos de afastamento chegaram ao STF

Os pedidos de afastamento de Ednaldo Rodrigues foram protocolados na semana passada no Supremo Tribunal Federal (STF) pela deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e pelo próprio Fernando Sarney, com base na suposta fraude.