Economia
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A taxa de juros do crédito rotativo do cartão de crédito subiu 11,5 pontos percentuais em setembro, alcançando 438,4% ao ano, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Banco Central (BC). Apesar da limitação de uso do crédito rotativo, a taxa permanece elevada. Nessa modalidade, o consumidor paga juros quando quita apenas parte da fatura, com prazo de 30 dias antes de a dívida ser parcelada. A taxa para o parcelamento aumentou para 185,8% ao ano, alta de 3,8 pontos percentuais no mês.
No crédito livre para famílias, a taxa média de juros subiu levemente para 52,4% ao ano em setembro, enquanto o crédito consignado, aquisição de veículos e arrendamento mercantil ajudaram a conter o aumento dos juros médios. Já no crédito para empresas, a taxa média caiu para 20,7% ao ano, com redução nas operações de capital de giro.
No crédito direcionado, com taxas reguladas pelo governo para setores específicos como habitação e microcrédito, a taxa para pessoas físicas foi de 9,9% ao ano. A média de juros das concessões de crédito em setembro, combinando recursos livres e direcionados, foi de 27,6% ao ano.
A inadimplência (atrasos superiores a 90 dias) manteve-se estável em 3,2% para pessoas físicas e 2,4% para empresas. Em relação ao endividamento das famílias, o saldo das dívidas em agosto foi de 47,9% da renda acumulada em 12 meses, enquanto o comprometimento da renda alcançou 26,8%.
O estoque de crédito concedido pelo Sistema Financeiro Nacional chegou a R$ 6,179 trilhões em setembro, impulsionado por uma alta de 1,6% no saldo das operações com empresas e de 1% com pessoas físicas.