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Juros do cartão de crédito rotativo sobem para 451,5% ao ano em agosto, aponta BC

Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas mostram alta das taxas para famílias e empresas.
juros do cartão de crédito rotativo
Estoque de crédito no país alcançou R$ 6,7 trilhões. (Foto: José Cruz)

As taxas médias de juros bancários tiveram alta em agosto, segundo o Banco Central (BC). O destaque foi o avanço no cartão de crédito rotativo, que cresceu 5,3 pontos percentuais no mês e alcançou 451,5% ao ano, uma das modalidades mais caras do mercado.

Juros do cartão de crédito rotativo sobem em agosto

Nos últimos 12 meses, os juros do rotativo aumentaram 24,6 pontos percentuais para as famílias. O crédito rotativo é acionado quando o consumidor paga menos que o valor integral da fatura do cartão, contraindo automaticamente um empréstimo. Após 30 dias, a dívida passa a ser parcelada pelo banco.

Nesse caso, a modalidade de cartão parcelado apresentou queda de 2,7 pontos percentuais no mês, chegando a 180,7% ao ano.

Crédito para famílias e empresas

A taxa média de juros do crédito livre para famílias subiu 0,5 ponto percentual em agosto, acumulando alta de 6,6 pontos percentuais em 12 meses e atingindo 58,4% ao ano.

No caso das empresas, os juros médios em novas contratações aumentaram 0,2 ponto percentual no mês e 4,2 pontos percentuais em 12 meses, alcançando 25,2% ao ano.

O destaque foi a elevação de 9,6 pontos percentuais na taxa de capital de giro com prazo até 365 dias, que chegou a 38% ao ano.

Crédito direcionado e spread bancário

No crédito direcionado, destinado a habitação, infraestrutura, agropecuária e microcrédito, as taxas ficaram em 11,1% ao ano para pessoas físicas e 13,6% para empresas.

Já o spread bancário, que mede a diferença entre o custo de captação e os juros cobrados, avançou 0,3 ponto percentual no mês e 2,2 pontos percentuais em 12 meses.

Saldo de crédito e endividamento

Em agosto, as concessões de crédito somaram R$ 633,8 bilhões. O estoque total de empréstimos no Sistema Financeiro Nacional (SFN) chegou a R$ 6,757 trilhões, aumento de 0,5% em relação a julho.

O crédito ampliado ao setor não financeiro alcançou R$ 19,7 trilhões, crescimento de 11,7% em 12 meses.

A inadimplência ficou em 3,9%, sendo 4,8% nas operações com famílias e 2,6% nas operações com empresas. O endividamento das famílias ficou em 48,6% da renda em julho, enquanto o comprometimento da renda atingiu 27,9%.

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