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Intenção de compra das famílias tem alta em janeiro, mas recua em relação a 2024

Indicador medido pela CNC aponta confiança no consumo, apesar de desafios no acesso ao crédito.
Apesar da alta, a queda em relação a janeiro de 2024 foi de 0,9%. (Foto: Valter Campanato)

O Índice de Intenção de Compra das Famílias (ICF) registrou um crescimento de 0,2% em janeiro, atingindo 104,9 pontos, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Apesar da leve alta, o indicador apresentou uma queda de 0,9% em relação a janeiro de 2024.

O ICF mede o potencial de consumo e a confiança das famílias em relação à economia. Valores acima de 100 pontos indicam satisfação, enquanto números abaixo desse patamar demonstram insatisfação. Segundo a CNC, a pontuação observada reflete um cenário de cautela no curto prazo, mas otimismo em relação ao futuro.

Divergência entre faixas de renda e gênero

O levantamento aponta que a intenção de consumo das famílias mais ricas teve uma leve queda de 0,2% em janeiro. Em contrapartida, as famílias com renda de até 10 salários mínimos tiveram um aumento de 0,3% na intenção de consumo.

Na comparação anual, as mulheres demonstraram mais cautela que os homens. O índice entre o público feminino caiu 1,4%, enquanto entre os homens o recuo foi de 0,4%. Segundo a CNC, as dificuldades no acesso ao crédito e as perspectivas profissionais influenciaram essa diferença.

Acesso ao crédito segue como desafio

Entre os sete indicadores analisados, os que mais preocupam são Emprego Atual, Renda Atual e Acesso ao Crédito, sendo este último o que teve a maior redução, de 0,8%. O economista João Marcelo Costa, da CNC, explica que o aumento dos juros impacta diretamente o consumo, tornando o crédito mais caro e restrito.

Mesmo assim, o índice de Momento para Consumo de Bens Duráveis cresceu 1% em janeiro, apesar de continuar abaixo do nível de satisfação, com 72,4 pontos.

Mercado de trabalho e perspectivas futuras

Apesar de uma queda de 0,3%, o indicador de Emprego Atual segue como o mais bem avaliado, com 126,3 pontos, demonstrando confiança no mercado de trabalho.

Já o índice de Perspectiva Profissional para os próximos meses avançou 0,3%, chegando a 114,2 pontos, evidenciando que as famílias acreditam em uma melhora nas condições econômicas. Entretanto, na comparação com janeiro de 2024, houve queda de 2,9%, sendo mais acentuada entre as mulheres (-4,1%) do que entre os homens (-2%).

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