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Inspetor Alberto é indiciado por maus-tratos a animal e injúria eleitoral

Polícia Civil conclui inquérito sobre vídeo em que o político aparece puxando um porco pelas orelhas; caso já foi enviado à Justiça.
O caso se deu às vésperas do segundo turno das eleições municipais de 2024. (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) concluiu o inquérito policial que investigava o vereador Inspetor Alberto (PL) por maus-tratos a animal e injúria eleitoral, com indiciamento do parlamentar. O caso foi motivado pela veiculação de um vídeo em que Alberto aparece puxando um porco pelas orelhas e fazendo movimentos bruscos, enquanto dizia que o animal iria “para a panela”.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS-CE) confirmou o indiciamento nesta quarta-feira (2) e informou que o inquérito já foi encaminhado ao Poder Judiciário.

Vídeo motivou denúncias

A gravação foi feita como uma provocação ao então adversário político de Alberto nas eleições para a Prefeitura de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), em referência ao sobrenome do oponente. A atitude gerou ampla repercussão e gerou denúncias por parte de parlamentares, entidades de proteção animal e conselhos profissionais.

Defesa negou maus-tratos

Na época da divulgação do vídeo, a assessoria do vereador alegou que Alberto estava em um sítio-fazenda e teria apenas realocado o animal de lugar, sem intenção de feri-lo. O comunicado também negou qualquer intenção de causar dor ao porco e repudiou as acusações de maus-tratos.

A investigação foi conduzida pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), que ouviu o parlamentar e realizou perícia no caso.

Repercussão e outras sanções

Como consequência do episódio, foram protocolados pedidos de cassação contra o vereador na Câmara Municipal de Fortaleza, além de representações encaminhadas ao Ministério Público do Ceará (MPCE) e ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE), por meio de articulação do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Ceará (CRMV-CE).

Além do processo criminal, Alberto foi multado em R$ 3 mil pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). O órgão estadual classificou a conduta como infração ambiental administrativa.

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