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Inflação desacelera em novembro, mas ultrapassa meta anual de 4,50%

A alta foi puxada por carnes e passagens aéreas, segundo o IBGE.
Em termos de impacto no índice geral de novembro, Alimentação e bebidas exerceu 0,33 p.p. (Foto: Divulgação)

A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou alta de 0,39% em novembro, desacelerando frente aos 0,56% de outubro, mas superando levemente a expectativa do mercado, que previa 0,37%. No acumulado do ano, a inflação alcançou 4,29%, enquanto nos últimos 12 meses ficou em 4,87%, acima do teto da meta de 4,50% definida pelo Conselho Monetário Nacional.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o aumento foi influenciado principalmente pelos grupos Alimentação e bebidas (1,55%) e Transportes (0,89%). No setor de alimentos, o destaque foi para a alta de 8,02% nos preços das carnes, com impacto de 0,33 ponto percentual (p.p.) no índice geral. No transporte, as passagens aéreas subiram 22,65%, representando o maior impacto individual do mês, com 0,13 p.p.

Destaques por grupo

  • Alimentação e bebidas: A alta das carnes, impulsionada pela menor oferta de animais para abate e o aumento das exportações, foi acompanhada por reajustes em itens como contrafilé, alcatra, óleo de soja e refeições fora de casa.
  • Transportes: A elevação de 0,89% foi influenciada principalmente pelas passagens aéreas, mas também registrou variações positivas no gás veicular (0,09%) e óleo diesel (0,03%). Por outro lado, combustíveis apresentaram queda de 0,15%, com recuo nos preços do etanol (-0,19%) e da gasolina (-0,16%).
  • Despesas pessoais: O grupo registrou alta de 1,43%, impulsionado por um aumento de 14,91% no preço do cigarro, refletindo reajustes nos impostos e custos do setor.

De acordo com André Almeida, gerente do IPCA, a proximidade do final de ano, somada a feriados e eventos sazonais, foi determinante para a alta nas passagens aéreas. “Esses fatores contribuem para um aumento da demanda, especialmente no setor de transportes”, explicou.

A continuidade da alta nos preços de alimentos e serviços essenciais, associada à expectativa de novas variáveis econômicas, mantém o cenário de incerteza para o fechamento da inflação em dezembro e o alcance das metas para 2025.

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