Economia
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O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), voltou a fechar em queda nesta quinta-feira (10), recuando 1,13%, aos 126.354,75 pontos, diante da escalada de incertezas provocadas pela guerra comercial entre Estados Unidos e China. O movimento anula parte da recuperação da véspera, quando o índice havia avançado mais de 3% após uma trégua temporária anunciada por Washington.
Ao longo do dia, o índice oscilou entre a mínima de 124.894,76 pontos e a máxima de 127.796,75 pontos, com um volume financeiro de R$ 25,96 bilhões.
No câmbio, o dólar à vista avançou 0,89%, cotado a R$ 5,8990, se aproximando da barreira simbólica de R$ 6,00. O movimento também reverte a queda expressiva de 2,53% registrada no pregão anterior.
A reação negativa do mercado reflete o endurecimento das medidas comerciais dos Estados Unidos contra a China. Depois de anunciar novas tarifas de 104% sobre importações chinesas, o presidente Donald Trump ampliou a tensão entre as duas maiores economias do mundo. Pequim já respondeu com retaliações, incluindo restrições à importação de metais raros dos EUA.
Enquanto os mercados europeus fecharam em alta, impulsionados pela decisão da União Europeia de pausar as contramedidas contra os EUA, o clima em Wall Street azedou novamente. O índice S&P 500 encerrou o dia com queda acentuada de 3,46%, refletindo o temor de uma recessão global e de maiores pressões inflacionárias.
A expectativa é de que os desdobramentos do conflito sigam ditando o humor do mercado nas próximas semanas. Investidores também monitoram possíveis novos movimentos da Casa Branca, da China e de outros países que podem aderir à disputa tarifária.