O brasileiro Hugo Calderano conquistou neste domingo (25) um feito inédito para o tênis de mesa das Américas ao ficar com o vice-campeonato mundial, em Doha, no Catar. O número 3 do mundo, de 28 anos, foi superado na decisão pelo chinês Wang Chuquin, vice-líder do ranking, por 4 sets a 1, com parciais de 12-10, 11-3, 4-11, 11-2 e 11-7.

Esta foi a primeira vez que Calderano disputou a final de um Mundial, competição tradicionalmente dominada por atletas asiáticos e europeus. O brasileiro chegou à decisão após uma trajetória brilhante, mas não conseguiu repetir a vitória sobre Chuquin, que havia derrotado na semifinal da Copa do Mundo em abril, em Macau.

Com o triunfo, o chinês conquistou seu primeiro título mundial, após ter sido vice-campeão em 2023. A China manteve a hegemonia, vencendo o Mundial pela 12ª vez consecutiva.

Ao final da partida, Calderano reconheceu a superioridade do adversário e citou o desgaste físico como fator decisivo: “Não consegui apresentar o meu melhor hoje. Foi mais a parte física que pesou, o jogo de ontem me esgotou. Tentei me recuperar da melhor maneira, mas eu não tinha mais nada no tanque”, afirmou.

Apesar da derrota, o brasileiro celebrou a conquista histórica: “Foi um torneio incrível. Se antes do torneio me dissessem que eu sairia com uma medalha, eu ficaria muito feliz. Tem um significado enorme, pois sempre foi um dos meus grandes objetivos. Alguns anos atrás era muito difícil um brasileiro sonhar com medalha no Mundial, e nós conseguimos”, destacou.

Calderano agora volta o foco para a final da liga alemã de tênis de mesa, onde defenderá o Liebherr Ochsenhausen contra o tradicional Borussia Düsseldorf, no dia 15 de junho.