O Hospital de Messejana, em Fortaleza, alcançou um marco histórico ao realizar 34 transplantes de coração até a segunda quinzena de dezembro, estabelecendo um novo recorde anual. O dado foi divulgado pelo coordenador cirúrgico da Unidade de Insuficiência Cardíaca e Transplante, Juan Mejia, que atribuiu o resultado à intensificação das campanhas de conscientização para doação de órgãos e ao trabalho integrado das equipes médicas.

Além do esforço dos profissionais de saúde, o aumento nos transplantes foi impulsionado por estratégias voltadas à captação de órgãos e pela regionalização da saúde. A ampliação da rede de captação permitiu que órgãos fossem coletados tanto no interior do Ceará, nos Hospitais Regionais do Cariri (HRC) e do Vale do Jaguaribe (HRVJ), quanto em outros estados, como ocorreu em outubro no Rio Grande do Norte.

O Ceará também apresentou crescimento em transplantes de outros órgãos e tecidos. Até o momento, o estado contabiliza 1.955 transplantes realizados em 2024, superando os 1.726 procedimentos registrados em 2023.

Entre os destaques estão os transplantes de córnea, que colocam o Ceará no topo do ranking nacional, e os transplantes de fígado, que já somam 232 procedimentos neste ano, ultrapassando o recorde anterior de 229 realizados em 2019.

Para se tornar doador de órgãos e tecidos, o cidadão precisa apenas informar à família sobre seu desejo, pois a autorização para a doação é concedida pelos familiares no momento do procedimento. As campanhas de conscientização têm sido fundamentais para reduzir resistências e ampliar o número de doações.