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Haddad avalia elevação da Selic e defende pacote fiscal

Ministro destaca surpresa com alta de 1 ponto percentual nos juros.
Haddad reforçou confiança em medidas fiscais no Congresso. (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou nesta quarta-feira (11) a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano. Embora tenha classificado a medida como uma “surpresa por um lado”, Haddad reconheceu que o aumento já era precificado pelo mercado financeiro.

“Foi surpresa por um lado. Mas, por outro lado, tinha uma precificação nesse sentido. Vou ler com calma, analisar o comunicado, falar com algumas pessoas depois do período de silêncio”, afirmou o ministro ao sair do Ministério da Fazenda, sem entrar em detalhes sobre a decisão do Banco Central (BC).

Haddad, que já criticou decisões do Copom em ocasiões anteriores, adotou um tom mais cauteloso ao comentar o ajuste, ressaltando que fará uma análise detalhada do comunicado divulgado pela autoridade monetária.

Sobre o pacote de ajuste fiscal, Haddad reforçou a confiança na aprovação das medidas no Congresso Nacional, mesmo em meio a impasses relacionados à liberação de emendas parlamentares. O ministro destacou que o pacote, estimado em R$ 71,9 bilhões em economia até 2026 e R$ 327 bilhões até 2030, foi calibrado para ser politicamente viável.

“Esse tipo de coisa é difícil de processar no Congresso Nacional. A gente mandou um ajuste que consideramos adequado e viável politicamente. Você pode mandar o dobro para lá, mas o que vai sair [ser aprovado] é o que importa”, disse Haddad.

Ele também indicou que o governo está aberto a ajustes no projeto, incluindo pontos relacionados às regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC). “Se precisar melhorar a redação em algo, vai ser melhorada a redação. Nós estamos confiantes que vamos alcançar aqueles valores [de economia]”, acrescentou.

O ministro comentou o impacto do pacote fiscal no mercado financeiro, mencionado pelo Copom como um fator de perturbação. Haddad destacou que diversas instituições financeiras estão ajustando suas estimativas e convergindo para os cálculos do governo.

“Hoje, saiu um relatório de um grande banco aproximando os cálculos dos nossos. Ainda com vários pontos pendentes que não foram considerados e que, se tivessem sido considerados, chegariam mais perto de R$ 65 bilhões nos dois anos [2025 e 2026]”, afirmou.

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