O mercado de entretenimento foi agitado nesta quarta-feira (17) com o anúncio da Warner Bros. Discovery de que rejeitou uma oferta de aquisição de US$ 108 bilhões apresentada pela Paramount. A proposta era uma tentativa de interferir nas negociações já avançadas entre a Warner e a Netflix.

Guerra de gigantes: a proteção ao acordo com a Netflix

Em nota oficial, o conselho de administração da Warner afirmou que a decisão de recusar a proposta foi unânime. Segundo a empresa, a oferta não atendia aos interesses dos acionistas e, crucialmente, não se enquadrava nos critérios técnicos de uma “proposta superior”. Esse termo jurídico garante que o contrato de fusão assinado com a Netflix no dia 5 de dezembro permaneça blindado por cláusulas de exclusividade.

A manobra da Paramount é conhecida no mercado como uma oferta hostil, na qual a proposta é feita diretamente aos investidores após ser ignorada pela diretoria da empresa-alvo.

A reação do mercado e os próximos passos

Apesar da recusa formal, a disputa está longe de terminar. No fechamento do pregão, as ações da Warner Bros. foram negociadas acima do valor oferecido pela Netflix, um claro sinal de que os investidores acreditam que os ativos da empresa podem ser mais valorizados.

Essa movimentação sugere que o mercado espera uma contraproposta mais agressiva. A própria Paramount já sinalizou que não considera seu lance atual como definitivo, indicando que novos capítulos desta batalha bilionária ainda estão por vir.