Turismo
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O governo federal estima que a fusão entre as companhias aéreas Gol e Azul seja concluída em até 12 meses. A previsão foi anunciada nesta quinta-feira (6) pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro.
Segundo o ministro, esse é o prazo estabelecido pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para avaliar o caso. Ele afirmou que o governo acompanha o processo e já realizou reuniões com os presidentes da Gol, Azul e Latam para discutir o impacto da fusão no setor.
Costa Filho reforçou que uma das preocupações do governo é evitar aumento abusivo no preço das passagens aéreas. “Caso essa fusão venha a acontecer, não vamos aceitar aumentos de passagens que prejudiquem a população. O Cade tem que ter um olhar para isso”, afirmou.
Mesmo com a valorização do dólar no fim de 2024, o ministro destacou que houve uma queda média de 5% nos preços das passagens aéreas. Ele também ressaltou que a fusão pode contribuir para o fortalecimento da aviação regional, com as empresas adquirindo cerca de 50 novas aeronaves para ampliar a conectividade no país.
Entenda o processo de fusão
No último dia 15 de janeiro, Azul e Abra, holding que controla a Gol e a Avianca, assinaram um memorando de entendimento para dar início às negociações. A fusão, porém, está condicionada à conclusão da recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos, prevista para abril.
Se aprovada, a nova empresa será responsável por 60% do mercado aéreo brasileiro. O presidente do conselho será indicado pela Abra, enquanto o CEO será indicado pela Azul, cargo que deve ser ocupado por John Rodgerson, atual presidente da Azul.
Embora a fusão ocorra, as marcas Gol e Azul continuarão existindo de forma independente, compartilhando aeronaves e malha aérea para ampliar a conectividade entre grandes cidades e destinos regionais.