Esporte
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A histórica sobrecarga de jogos na Arena Castelão levou o Governo do Estado a publicar uma portaria estabelecendo um intervalo mínimo de 66 horas entre partidas realizadas no estádio. A decisão foi tomada na terça-feira (25), após a inclusão do duelo entre Maracanã e Ceará, pela semifinal do Campeonato Cearense, no calendário da praça esportiva. Com isso, havia possibilidade de cinco jogos em sete dias, nos dias 2, 5, 6, 8 e 9 de março.
A nova norma afeta diretamente Ceará e Fortaleza, que utilizam o Castelão como mandantes e terão de ajustar suas agendas para cumprir o intervalo exigido. A responsabilidade pela reorganização das datas caberá às entidades organizadoras das competições. Além disso, a portaria também determina que os aquecimentos das equipes ocorram fora do gramado principal.
Impactos e possíveis mudanças
A decisão traz desafios para o calendário dos clubes, especialmente na Copa do Nordeste e no Campeonato Cearense. Um exemplo é o duelo entre Fortaleza e Ferroviário, marcado para quarta-feira (5), e Ceará e América-RN, previsto para quinta-feira (6). Para evitar conflitos, o Ceará solicitou à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a transferência de seu jogo para o Estádio Presidente Vargas (PV), gerenciado pela Prefeitura de Fortaleza.
Outro impasse ocorre nos jogos de volta das semifinais do Estadual, agendados para 8 e 9 de março. Pelo regulamento do Cearense, o Ceará, que fez a melhor campanha, tem prioridade na escolha do local da partida contra o Maracanã. Caso opte pelo Castelão, o Fortaleza precisará decidir se aceita jogar no PV ou se buscará outra alternativa.
Preocupações com o gramado
A qualidade do gramado do Castelão tem sido motivo de preocupação nos últimos anos. A Conmebol já exigiu intervenções para que o estádio tivesse condições de receber partidas internacionais. No fim de 2024, o Governo do Estado trocou a empresa responsável pela manutenção e realizou obras de recuperação do campo, concluídas em fevereiro deste ano.
Mesmo com os ajustes no calendário, o Castelão poderá receber nove jogos em março, divididos entre Campeonato Cearense, Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Libertadores, o que mantém a preocupação com a conservação do gramado.