Poder
Poder
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), utilizou suas redes sociais na noite deste domingo (7) para responder às críticas recorrentes contra o Poder Judiciário. Em publicação no X (antigo Twitter), o magistrado destacou que o STF é guardião da Constituição e do Estado de Direito, atuando para impedir retrocessos e preservar as garantias fundamentais asseguradas aos cidadãos.
“No Dia da Independência, é oportuno reiterar que a verdadeira liberdade não nasce de ataques às instituições, mas do seu fortalecimento”, escreveu Mendes, em referência às manifestações realizadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que defenderam anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Sem citar nomes, Gilmar Mendes fez críticas veladas ao governo Bolsonaro, lembrando episódios como a condução da pandemia da covid-19, quando vacinas foram negligenciadas, e as ameaças constantes ao sistema eleitoral.
“Se quisermos falar sobre os perigos do autoritarismo, basta recordar o passado recente de nosso país: milhares de mortos em uma pandemia; vacinas deliberadamente negligenciadas por autoridades; ameaças ao sistema eleitoral e à separação de Poderes; acampamentos diante de quartéis pedindo intervenção militar, tentativa de golpe de Estado com violência e destruição do patrimônio público, além de planos de assassinato contra autoridades da República”, afirmou.
O ministro também refutou a narrativa de “ditadura da toga”, afirmando que “não há, no Brasil, ministros agindo como tiranos”.
Mais cedo, durante manifestação na Avenida Paulista, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), havia classificado a atuação do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal sobre tentativa de golpe de Estado, como “tirania”.
Em resposta indireta, Gilmar Mendes reforçou que o Brasil “não aguenta mais sucessivas tentativas de golpe” e que crimes contra o Estado Democrático de Direito são insuscetíveis de perdão.
“Cabe às instituições puni-los com rigor e garantir que jamais se repitam”, concluiu.