O ator Gene Hackman, ícone do cinema americano e vencedor de dois Oscars, foi encontrado morto em sua residência no Novo México, nos Estados Unidos, aos 95 anos. A esposa do ator, Betsy Arakawa, de 64 anos, também foi encontrada sem vida. De acordo com o xerife do condado de Santa Fé, Adan Mendoza, não há indícios de crime no momento.

“Não se suspeita de crime como fator nessas mortes neste momento, no entanto, a causa exata da morte ainda não foi determinada. Esta é uma investigação ativa e em andamento pelo escritório do xerife do Condado de Santa Fé”, declarou Mendoza. O cachorro do casal também foi encontrado morto dentro da residência.

Uma carreira marcada pelo sucesso

Gene Hackman consolidou-se como um dos maiores atores de Hollywood, com mais de 80 filmes no currículo e uma carreira de seis décadas no cinema, televisão e teatro. Conhecido por sua voz rouca e sua presença marcante, recebeu sua primeira indicação ao Oscar em 1967 pelo papel no clássico “Bonnie e Clyde”.

O reconhecimento máximo veio com a conquista do Oscar de Melhor Ator em 1972, por seu papel como o detetive Popeye Doyle, no filme “Operação França”. Em 1993, levou sua segunda estatueta, desta vez como Melhor Ator Coadjuvante, interpretando um xerife cruel no faroeste “Os Imperdoáveis”, de Clint Eastwood.

Outras atuações memoráveis incluem “Nunca Te Amei, Nunca Te Amei” (1971), “Mississippi em Chamas” (1988) e seu papel como Lex Luthor na franquia “Superman” nos anos 1970 e 1980. Seu último grande trabalho no cinema foi na comédia “Bem-vindo à Mooseport” (2004), antes de se aposentar aos 70 anos, alegando que os papéis que lhe ofereciam eram “sempre de avô”.

Vida pessoal e legado

Gene Hackman foi casado duas vezes e teve três filhos com sua primeira esposa, Faye Maltese, falecida em 2017. Em 1991, casou-se com Betsy Arakawa, pianista e sua companheira até o fim da vida.

Após se afastar das telas, o ator viveu em Santa Fé, no Novo México, onde se dedicou à literatura e publicou diversos livros.