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O presidente francês Emmanuel Macron nomeou nesta sexta-feira (13) François Bayrou, líder do partido centrista MoDem, como o novo primeiro-ministro da França. A decisão foi tomada após uma reunião no Palácio do Eliseu, em Paris. Aos 73 anos, Bayrou, que já desempenhou papéis importantes na política francesa, terá a missão de formar um governo e restaurar a estabilidade no país, que enfrenta um parlamento fragmentado sem maioria clara.
Bayrou é conhecido por sua habilidade como negociador e pela capacidade de convergir opiniões divergentes. Atual administrador da comuna de Pau, ele tem sido um aliado leal de Macron desde sua primeira candidatura presidencial, tendo desistido de sua própria campanha para apoiar o atual chefe de Estado. Durante o primeiro mandato de Macron, Bayrou ocupou o cargo de ministro da Justiça, mas renunciou após ser envolvido em um escândalo relacionado a assistentes parlamentares fictícios. Recentemente, ele foi absolvido das acusações, embora o processo ainda esteja em curso após recurso do Ministério Público.
Bayrou também tem um histórico de decisões controversas, como seu apelo ao voto em François Hollande contra Nicolas Sarkozy em 2012 e sua defesa do direito de Marine Le Pen concorrer nas eleições, mesmo enfrentando processos legais. Essas posições destacam sua postura de diálogo, mas também criam atritos dentro da base aliada.
François Bayrou será o quarto primeiro-ministro desde a reeleição de Macron em 2022 e assume em um momento de grande desafio político. A Assembleia Nacional está dividida, sem que nenhum partido tenha maioria, o que exigirá habilidade para evitar moções de censura e aprovar legislações fundamentais. Bayrou terá que consolidar alianças e garantir a coesão dentro da coligação presidencial.
De acordo com o jornal Le Monde, inicialmente Macron havia considerado a nomeação de Roland Lescure como chefe de governo, sugerindo a Bayrou um papel secundário. No entanto, Bayrou rejeitou essa possibilidade e ameaçou romper com a coligação, o que levou à sua escolha como primeiro-ministro.