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Fortaleza reduz em 94,3% os casos de arboviroses no primeiro quadrimestre de 2025

Queda é atribuída a ações preventivas e reforço na limpeza urbana durante a Operação Inverno.
Os dados foram confirmados pela Secretaria de Saúde de Fortaleza. (Foto: Prefeitura de Fortaleza)

Fortaleza registrou uma redução de 94,3% nos casos de arbovirosesdengue, chikungunya e zika — entre janeiro e abril de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. Os dados são do Sistema de Monitoramento Diário de Agravos (Simda) da Secretaria da Saúde de Fortaleza (SMS). O número total de casos confirmados caiu de 1.753 para 101, sendo 91 de dengue e 10 de chikungunya, sem registro de zika nos dois anos.

A notificação geral também apresentou queda expressiva: de 8.416 casos em 2024 para 1.842 neste ano, uma redução de 78,07%. A diminuição está diretamente ligada à execução da Operação Inverno, que reforçou o controle da proliferação do Aedes aegypti e promoveu ações de conscientização junto à população.

Segundo o coordenador de Vigilância em Saúde da SMS, Josete Malheiro, as ações de mitigação foram iniciadas já em janeiro, reduzindo o risco de aumento das infecções com a chegada da quadra chuvosa. “Intensificamos as ações integradas, de modo simultâneo e continuado, concentrando trabalhos de mutirões com o objetivo de eliminar focos de reprodução, assim como controlar a população adulta do mosquito Aedes aegypti”, explicou.

Entre as principais ações da Prefeitura estão os mutirões de limpeza urbana e de recursos hídricos. De janeiro a abril de 2025, foram limpos 146 canais e 18 lagoas — um avanço significativo frente às 25 limpezas de canais e três de lagoas realizadas no mesmo período de 2024. Nesse intervalo, a gestão municipal recolheu mais de 48 mil toneladas de resíduos apenas de recursos hídricos, além de ter feito a varrição de mais de 16 mil quilômetros de vias e 9 mil quilômetros de praias.

A Operação Inverno mobilizou cerca de 1.380 agentes comunitários de endemias, que atuaram na eliminação manual de focos do mosquito, na aplicação de larvicida biológico em reservatórios de água e no tratamento de áreas abertas e intradomiciliares. As ações foram intensificadas em fevereiro.

Além das arboviroses, houve também uma redução de 33,33% nos casos de zoonoses como leishmaniose e leptospirose, doenças associadas ao manejo inadequado de resíduos e à proliferação de vetores.

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