Ceará
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A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) informou que o Ceará registrou, em novembro deste ano, o maior número de focos de calor desde 2005, há exatamente 20 anos. Durante o último mês, o Satélite AQUA registrou 2.902 focos no estado. Além disso, o número está 56% acima da média histórica e 17% acima do observado em novembro de 2023, segundo o Informativo Mensal de Focos de Calor divulgado pela Funceme.
Nacionalmente, o Ceará ficou em terceiro no ranking de focos de calor, atrás apenas dos estados do Maranhão e do Pará. Por isso, é possível consultar no documento oficial da Funceme a distribuição espacial dos focos, as ocorrências em Unidades de Conservação e outras informações relevantes sobre a situação no território cearense.
Nesse sentido, foco de calor é um termo técnico utilizado no monitoramento ambiental para designar pontos detectados por satélites que registram temperaturas elevadas, geralmente acima de 47°C, em uma área específica da superfície terrestre. Dessa forma, os satélites captam radiação térmica a altitudes de 700 a 900 km, identificando esses focos sem observar diretamente o fogo, o que permite mapear potenciais queimadas ou incêndios em tempo real.
Satélites detectam focos de calor captando radiação térmica infravermelha emitida por áreas quentes na superfície terrestre, geralmente na faixa de 3,7 a 4,1 µm do espectro. Sensores como MODIS (nos satélites Terra e Aqua), VIIRS e os brasileiros CBERS processam imagens diárias, identificando pixels com temperaturas acima de 47°C como “manchas brilhantes” indicativas de combustão ativa.
Portanto, o termo diferencia-se de queimada ou incêndio florestal, pois nem todo foco indica chama ativa – pode ser resíduo térmico –, servindo como alerta precoce para ações preventivas e de combate.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) informa que o fenômeno La Niña deve ser fraco em 2026, embora possa continuar influenciando os padrões climáticos globais nos próximos meses. Há cerca de 55% de probabilidade de que o La Niña atue fraco a partir de dezembro de 2025 até fevereiro de 2026, com possível transição para condições neutras entre janeiro e abril de 2025.
No Brasil, o La Niña está associado historicamente a chuvas mais regulares no Norte e Nordeste, além de períodos de seca no Sul. Esse fenômeno meteorológico é historicamente associado a boas chuvas no Ceará, devido ao fortalecimento dos ventos alísios e da circulação atmosférica, que favorecem a formação de nuvens e precipitações na região.