Esporte
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A Fifa anunciou nesta quarta-feira (11) que a Copa do Mundo de 2034 será realizada na Arábia Saudita, enquanto o torneio de 2030 será dividido entre Espanha, Portugal e Marrocos, com partidas comemorativas na Argentina, Uruguai e Paraguai. As decisões foram confirmadas durante um congresso virtual extraordinário da entidade, presidido por Gianni Infantino.
A edição de 2030 marcará o centenário do Mundial e será a primeira vez que o torneio será realizado em três continentes e seis países. Espanha, Portugal e Marrocos abrigarão a maior parte dos jogos, enquanto Argentina, Uruguai e Paraguai receberão partidas comemorativas. O Uruguai, sede do primeiro Mundial em 1930, e a Argentina, que já sediaram o torneio, terão destaque nas celebrações históricas.
“Qual melhor forma de celebrar 100 anos de Copa do Mundo do que com um torneio em três continentes e seis nações?”, afirmou Infantino.
Quatro anos depois, a Arábia Saudita se tornará o segundo país do Oriente Médio a sediar o torneio, seguindo os passos do Catar em 2022. A candidatura saudita foi apoiada pela Confederação Asiática de Futebol, enquanto potenciais concorrentes, como Austrália e Indonésia, desistiram.
Apesar da confirmação por aclamação, a escolha da Arábia Saudita gerou controvérsias devido ao histórico de direitos humanos no país e aos desafios ambientais impostos pelo clima desértico. Assim como no Catar, o torneio deverá ser disputado durante o inverno do Hemisfério Norte.
Ambas as decisões enfrentaram críticas. Ativistas ambientais condenaram o impacto das emissões de carbono no torneio de 2030, devido à necessidade de viagens intercontinentais. A escolha da Arábia Saudita foi amplamente criticada por grupos de direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional, que alertou para os riscos à segurança de trabalhadores e minorias no país.
“O imprudente apoio da Fifa à Arábia Saudita, sem garantir proteções adequadas aos direitos humanos, coloca muitas vidas em risco”, afirmou Steve Cockburn, da Anistia Internacional.
Além disso, a Arábia Saudita terá que construir oito estádios para sediar o evento, aumentando as preocupações com impactos ambientais e trabalhistas.
Nos últimos anos, a Arábia Saudita investiu intensamente em esportes, buscando consolidar sua posição global. No entanto, críticos argumentam que esses esforços fazem parte de uma estratégia de “sportswashing”, para melhorar a imagem do país no cenário internacional, mascarando questões internas relacionadas a direitos humanos.