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O Fevereiro Roxo é uma campanha voltada à conscientização sobre doenças crônicas que nem sempre são visíveis, mas afetam a vida de milhões de pessoas. O objetivo é informar a população, incentivar o diagnóstico precoce e fortalecer o suporte a pacientes e familiares que convivem com lúpus, fibromialgia e Alzheimer.
A professora e coordenadora do curso de Enfermagem da Estácio, Dra. Débora Biffi, destaca que a iniciativa busca reduzir preconceitos e garantir o acesso ao tratamento adequado. Segundo ela, compreender melhor essas doenças é essencial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Lúpus: uma doença autoimune que exige acompanhamento contínuo
O lúpus é uma doença autoimune crônica, na qual o sistema imunológico ataca os próprios tecidos e órgãos, podendo afetar a pele, articulações, rins e coração. Estima-se que 65 mil pessoas no Brasil convivam com a doença, sendo a maioria mulheres entre 20 e 45 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).
Entre os sintomas mais comuns, destacam-se fadiga, dores articulares, manchas na pele, febre e problemas renais. A exposição ao sol pode agravar o quadro, por isso a proteção é essencial. O tratamento envolve o uso de medicamentos imunossupressores e acompanhamento médico regular.
Fibromialgia: dor crônica e impacto na qualidade de vida
A fibromialgia causa dores musculares generalizadas, cansaço extremo e dificuldades para dormir, além de afetar a concentração e estar associada à depressão e ansiedade. A SBR estima que a condição atinja cerca de 3% da população brasileira.
Embora a causa exata ainda seja desconhecida, acredita-se que a doença esteja ligada a uma hipersensibilidade do sistema nervoso à dor. O tratamento combina medicamentos, fisioterapia e suporte psicológico. Manter uma rotina de atividades físicas leves, como caminhada e alongamentos, pode ajudar a aliviar os sintomas, além de evitar estresse e garantir um sono de qualidade.
Alzheimer: perda progressiva da memória e da autonomia
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva, que compromete a memória, o raciocínio e o comportamento. Os primeiros sinais incluem esquecimentos frequentes e dificuldades para encontrar palavras, mas, com o tempo, o quadro evolui para uma perda significativa de autonomia, podendo levar o paciente a não reconhecer familiares.
Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), cerca de 1,2 milhão de brasileiros convivem com a doença. O tratamento visa retardar sua progressão, sendo importante estimular atividades cognitivas e físicas para manter a qualidade de vida do paciente.
Importância da conscientização e combate ao preconceito
O Fevereiro Roxo desempenha um papel essencial no combate à desinformação e ao estigma que cercam essas doenças. O desconhecimento pode levar a um diagnóstico tardio e ao tratamento inadequado.