As exportações do Ceará registraram forte crescimento em 2025. Entre janeiro e agosto, o Estado movimentou US$ 1,51 bilhão, alta de 36,3% em comparação com o mesmo período de 2024. Apenas em agosto, o valor exportado chegou a US$ 152,12 milhões, exatamente o dobro do resultado de agosto do ano anterior.

Os dados foram divulgados pelo Ceará em Comex, relatório mensal elaborado pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da FIEC. Com esse desempenho, o Ceará ocupa atualmente a 17ª posição entre os estados exportadores do Brasil e a 4ª no Nordeste.

São Gonçalo, Fortaleza e Sobral lideram as exportações

Entre os 59 municípios cearenses exportadores, São Gonçalo do Amarante respondeu por 53,7% do total movimentado, com alta de 50%. Fortaleza, por sua vez, teve crescimento de 85,1% e respondeu por 12,5% das exportações. Já Sobral aparece com 4,6% do total, subindo 2,3% no comparativo.

Outros municípios com forte aumento nas exportações incluem Caucaia (+345,4%), Aquiraz (+109,8%) e Eusébio (+35%).

Ferro e aço puxam crescimento do setor externo

Entre os produtos exportados, o setor de ferro e aço continua liderando, com 53,4% de participação no total exportado, seguido por calçados (8,5%), frutas e melões (7%, +48,5%), ceras de carnaúba (5%, +37%) e pescados (3,7%, +10,8%).

Esse crescimento foi impulsionado, sobretudo, pelo aumento da demanda internacional por produtos industriais e agropecuários oriundos do Ceará, com destaque para os embarques de frutas tropicais e itens de base vegetal.

Alemanha e Itália ampliam compras do Ceará

Os principais destinos das exportações cearenses que apresentaram crescimento foram Alemanha (+143,8%), Itália (+81,9%), Reino Unido (+74%), França (+33,2%), Países Baixos (+37,9%) e China (+32,2%). Atualmente, produtos do Ceará chegam a 144 países ao redor do mundo.

Importações cearenses registram queda de 6,7% no ano

Na contramão das exportações, as importações do Ceará caíram 6,7% no acumulado de janeiro a agosto de 2025, totalizando US$ 1,88 bilhão. Apenas no mês de agosto, o volume importado foi de US$ 209,71 milhões, uma queda de 36,1% em relação ao mesmo mês de 2024.