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Cerca de 25% dos adultos nos Estados Unidos consideram o uso de medicamentos para emagrecer, como Ozempic e Wegovy, sem receita médica, conforme pesquisa recente do Centro Médico da Universidade de Ohio, divulgada em setembro. Essa prática tem gerado preocupação entre especialistas, como o endocrinologista Dr. Alexandre Silva, docente do Instituto de Educação Médica (IDOMED), que alerta para os graves riscos associados ao uso indiscriminado desses medicamentos.
Segundo Dr. Alexandre, a administração de medicamentos anti-obesidade sem supervisão médica pode levar a toxicidade e efeitos colaterais graves, como náuseas, vômitos e até desidratação severa. “Já vimos casos de pacientes que precisaram de atendimento emergencial devido ao uso incorreto dessas medicações”, relata o especialista, enfatizando que o uso de doses inadequadas potencializa os riscos.
Além disso, ele destaca que medicamentos como a sibutramina são contraindicados para indivíduos com hipertensão não controlada, devido ao risco de agravamento da condição e possíveis complicações cardiovasculares. Dr. Alexandre reforça que é imprescindível avaliar as condições gerais de saúde do paciente antes de iniciar qualquer tratamento medicamentoso para emagrecimento.
O especialista salienta que o tratamento da obesidade não pode se restringir ao uso de medicamentos. “As mudanças no estilo de vida, como a prática de exercícios físicos e uma alimentação saudável, devem ser a base do tratamento. Medicamentos são complementares e precisam de supervisão médica para serem seguros e eficazes”, explica.
Dr. Alexandre também alerta sobre os perigos da automedicação, que pode comprometer a saúde e os resultados do tratamento. “Somente um médico é capaz de prescrever o medicamento correto, ajustar doses e monitorar efeitos colaterais. O uso inadequado não só coloca a saúde em risco, mas pode comprometer o sucesso de um tratamento que exige acompanhamento especializado”, conclui o endocrinologista.