Roberto Galvão comemora 60 anos de arte com obras inéditas no Mauc
A partir do dia 24 de agosto, o artista expõe sua produção mais recente na mostra “Sertão Galvão” no Museu de Arte da UFC.
Da Redação
06/08/24 • 11h14
Para celebrar seis décadas de trabalho em arte, o artista Roberto Galvão expõe sua produção mais recente na mostra “Sertão Galvão”, que poderá ser visitada de 24 de agosto a 18 de outubro no Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (Mauc) em Fortaleza. A abertura ocorre 50 anos depois de sua primeira exposição individual realizada na mesma casa.
A mostra “Sertão Galvão” reúne mais de 60 obras realizadas a partir de 2023, em tamanhos que variam de 15 cm por 20 cm a 5,10 m por 1,60 m. A exposição conta com curadoria de Saulo Moreno, expografia de Túlio Paracampos e apresentação de Regina Raick. Os trabalhos incluem aquarela sobre papel e pintura acrílica sobre tela, entre outras técnicas.
“Neste ano, 2024, o mesmo em que a nossa querida Universidade Federal do Ceará, a mais antiga do Estado, completa 70 anos de funcionamento, assim como a nossa Pró-Reitora de Cultura celebra o seu primeiro ano de existência na estrutura organizacional, o Museu de Arte da UFC reabre suas portas a um artista que atravessa a nossa história, nosso acervo artístico e vivencia, há 60 anos, o universo da arte de forma intensa e nas suas mais diversas camadas e dimensões”, diz a museóloga Graciele Siqueira, diretora do Mauc.
A abertura de “Sertão Galvão” acontece 50 anos após a primeira exposição individual do artista, aberta em agosto de 1974, na mesma casa que recebe agora suas novas obras. “Nos anos seguintes, Galvão construiu uma carreira sólida e que se espraiou em várias frentes: ao fazer artístico, aliou a atuação como pesquisador, historiador, curador, arte-educador, gestor e, antes de tudo, um artista que plantou sementes que hoje formam um jardim fecundo e potente”, lembra o museólogo Saulo Moreno, curador da mostra.
“O seu Sertão é multicolorido, vibrante, farto e convidativo. Longe das imagens de ausência e de falta, contrapõe o senso comum e agiganta nossos sentimentos pela elaboração de um corpus de imagens tentacular, que anseia romper a tela e percolar por aí, gerando vida e novos encontros. Dama da noite, flor do mato, chanana, antúrios, flor de cuxá, mandacaru, orquídeas: o seu jardim é generoso, expansivo, assim como é a sua trajetória, em que cabem diversificadas formas de pensar, viver e fazer”, continua o curador.