Musical inspirado em “Viva o Povo Brasileiro” chega ao Cineteatro São Luiz
Com direção de André Paes Leme, músicas originais de Chico César e direção musical de João Milet Meirelles, o espetáculo fala sobre uma alma que queria ser brasileira.
Da Redação
09/07/24 • 21h20
“Viva o Povo Brasileiro [de Naê a Dafé]”, versão musical do romance “Viva o Povo Brasileiro” de João Ubaldo Ribeiro, está em temporada em Fortaleza com patrocínio do Nubank. O banco digital apoia a circulação do projeto por cidades do Nordeste e novas temporadas no Rio de Janeiro e São Paulo. Clientes do banco terão condições especiais para a compra de ingressos. O espetáculo será apresentado no Cineteatro São Luiz, de 12 a 14 de julho, com sessões na sexta-feira e no sábado às 19h, e no domingo às 18h. Ingressos estão disponíveis na bilheteria e na plataforma Sympla.
Dirigido por André Paes Leme e produzido pela Sarau Cultura Brasileira, “Viva o Povo Brasileiro [de Naê a Dafé]” conta com 30 músicas originais compostas por Chico César. A direção musical é de João Milet Meirelles, da banda BaianaSystem. O elenco inclui Alexandre Dantas, Guilherme Borges, Izak Dahora, Jackson Costa, Júlia Tizumba, Luciane Dom, Maurício Tizumba, e Sara Hana, além de um coro de atores iniciantes. A montagem ganhou o Prêmio Shell na categoria “Melhor Ator” com Maurício Tizumba e recebeu indicações em outras categorias.
O livro “Viva o Povo Brasileiro” completa 40 anos em 2024 e já inspirou o samba-enredo da escola de samba Império da Tijuca em 1987. A trama é ambientada em Itaparica, na Bahia, e acompanha 400 anos da história do Brasil, explorando a identidade brasileira através de personagens invisibilizados pela história, como Caboclo Capiroba, o Alferes e Maria Dafé, que demonstram a força da ancestralidade na formação do povo brasileiro.
A montagem do espetáculo foi baseada na pesquisa de doutorado do diretor André Paes Leme na Universidade de Lisboa. O projeto surgiu do desejo de explorar a visão crítica e o humor de João Ubaldo Ribeiro sobre o povo brasileiro, destacando a luta contra a escravidão, a busca por igualdade e justiça social, e a força feminina representada por Maria Dafé.
Chico César, responsável pelas músicas, buscou a sonoridade da escrita de João Ubaldo Ribeiro e incorporou elementos da música negra, brasileira e baiana. João Milet Meirelles, em seu segundo trabalho com teatro musical, trouxe referências da música baiana contemporânea e tradicional para a trilha sonora do espetáculo, criando uma construção coletiva com muita percussão, cordas, sanfona e piano.