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As autoridades de Portugal investigam o acidente que envolveu o Elevador da Glória, em Lisboa, nesta quinta-feira (4). O bondinho turístico descarrilou e desceu descontrolado pela encosta até colidir contra um prédio, matando 17 pessoas e ferindo outras 21.
O impacto ocorreu a poucos metros de outro vagão, que estava parado na base da colina com cerca de 40 passageiros. Abel Esteves, de 75 anos, estava entre os que presenciaram o acidente. “Quando vi outro vagão descendo, disse à minha esposa: ‘Vamos todos morrer aqui’”, relatou.
Segundo Margarida Martins, chefe dos serviços de emergência, 15 pessoas morreram no local e outras duas não resistiram no hospital. Entre os feridos, há cidadãos de Portugal, Alemanha, Espanha, Coreia, Cabo Verde, Canadá, Itália, França, Suíça e Marrocos.
O governo português decretou luto nacional e determinou que todas as linhas de bondes históricos da cidade fossem suspensas para inspeção. As bandeiras foram hasteadas a meio-mastro em homenagem às vítimas.
O presidente da Federação dos Sindicatos de Transportes, Manuel Leal, afirmou que trabalhadores já haviam relatado problemas na tensão do cabo de transporte, o que poderia comprometer a frenagem. No entanto, destacou que ainda é cedo para confirmar a causa.
A empresa municipal Carris informou, em nota, que os protocolos de manutenção estavam em dia, com inspeções semanais e diárias. Policiais inspecionaram o sistema de freios do segundo vagão, que não foi atingido.
Inaugurado em 1885, o Elevador da Glória é um dos cartões-postais de Lisboa. Ele conecta a Praça dos Restauradores ao Bairro Alto, conhecido pela intensa vida noturna. Os dois vagões, com capacidade para 40 pessoas cada, são ligados por um sistema de cabos e motores elétricos que se contrabalançam.