Relatório aponta aumento na desigualdade salarial entre homens e mulheres no Brasil

Diferença de 20,7% nos salários reflete desafios para igualdade de gênero no mercado de trabalho.

Da Redação
19/09/24 • 10h40

Os dados foram apresentados pelos Ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Nesta quarta-feira (18), o 2° Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios revelou que as mulheres ganham 20,7% menos do que os homens em 50.692 empresas com 100 ou mais empregados no Brasil. O documento foi apresentado em Brasília pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego, considerando os dados da RAIS de 2023.

O relatório indica um aumento da diferença salarial em relação ao primeiro relatório divulgado em março deste ano, que registrava uma diferença de 19,4%. Esse crescimento é atribuído aos novos empregos criados em 2022, sendo 369.050 para homens e 316.751 para mulheres.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, ressaltou a urgência da igualdade salarial de gênero, uma prioridade para o governo federal, destacando sua importância em debates internacionais, como o G20 e a ONU.

O relatório revelou que, entre as mulheres negras, a disparidade salarial é ainda maior, com remunerações equivalentes a 50,2% do salário dos homens não negros. Além disso, mulheres em cargos de direção e gerência ganham 27% menos do que os homens, e aquelas com nível superior recebem 31,2% a menos.