Economia
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A economia brasileira cresceu 3,5% em 2024, segundo estimativa divulgada nesta segunda-feira (17) pelo Monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV). O estudo, que serve como prévia do comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), apontou crescimento de 0,3% em dezembro e de 0,4% no quarto trimestre, sinalizando uma desaceleração em relação aos períodos anteriores.
Com esse desempenho, o Brasil completou quatro anos consecutivos de crescimento econômico, após a retração de 3,3% em 2020. Em 2023, o PIB teve alta de 3,2%.
A coordenadora da pesquisa, economista Juliana Trece, destacou o impacto positivo da indústria e dos serviços no resultado. Segundo ela, o consumo das famílias cresceu 5,2%, enquanto os investimentos – medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – aumentaram 7,6%. As exportações subiram 3,7%, enquanto as importações tiveram forte alta de 14,3%, reduzindo o impacto positivo do setor externo no PIB.
O PIB de 2024 atingiu R$ 11,655 trilhões, o maior valor da série histórica, com um PIB per capita de R$ 56.796.
Desafios para 2025
A economista Juliana Trece ressaltou que 2025 traz desafios internos e externos. No cenário doméstico, os juros elevados podem afetar investimentos e crescimento. Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano e deve sofrer um novo aumento de 1 ponto percentual em março, conforme sinalização do Comitê de Política Monetária (Copom).
No ambiente internacional, a guerra tarifária dos Estados Unidos, com possíveis sobretaxas sobre produtos como aço, alumínio e etanol, pode impactar negativamente as exportações brasileiras.
O resultado oficial do PIB de 2024 será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 7 de março. Já o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), outro indicador que antecipa o PIB, apontou uma expansão de 3,8% no ano passado.