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A dor crônica, definida pela persistência da dor por mais de três meses, mesmo após o tratamento de uma lesão ou condição médica, é um problema de saúde que impacta significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Associada a doenças como artrite, câncer, neuropatias e condições inflamatórias como fibromialgia, a condição é conhecida por comprometer o sono, causar fadiga, dificultar a concentração e levar ao isolamento social.
De acordo com o Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos (ELSI-Brasil), 36,9% dos brasileiros com mais de 50 anos convivem com dores crônicas, sendo que 30% deles dependem de opioides para alívio. Embora eficazes, esses medicamentos trazem riscos como a dependência, alerta o neurocirurgião Luiz Carlos Bevilaqua, do Instituto de Educação Médica (IDOMED). “A dor crônica muitas vezes leva à dependência de medicamentos e pode provocar distúrbios psicológicos como depressão e ansiedade”, explica.
Para pacientes que não respondem aos métodos tradicionais, a neurocirurgia tem se mostrado promissora. Procedimentos como a estimulação da medula espinhal, nervos periféricos e o implante de bombas de infusão de medicamentos têm gerado resultados positivos. “Essas técnicas bloqueiam os sinais de dor por dispositivos eletrônicos ou pela liberação controlada de medicamentos, aliviando os sintomas debilitantes”, esclarece Bevilaqua.
Além disso, cirurgias mais invasivas, como a descompressão de nervos ou procedimentos ablativos que destroem os nervos responsáveis pela dor, são opções para casos extremos, onde outras terapias falharam.
O combate à dor crônica exige um trabalho conjunto de diferentes especialistas. “Uma equipe composta por médicos, fisioterapeutas, psicólogos e terapeutas ocupacionais é crucial para tratar todos os aspectos da dor, sejam eles físicos, psicológicos ou sociais”, destaca Bevilaqua.
Ao integrar diversas áreas, é possível criar planos de tratamento personalizados que não apenas aliviam a dor, mas também melhoram a qualidade de vida do paciente.