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Dólar sobe e fecha semana acima de R$ 5,70 em dia de tensão

Bolsa de valores também registra queda e fecha abaixo dos 130 mil pontos, afetada por incertezas externas.
O valor é o maior patamar de fechamento desde o início de agosto. (Foto: Valter Campanato)

Nesta sexta-feira (25), o dólar encerrou o dia em alta, ultrapassando R$ 5,70, influenciado por incertezas internacionais e flutuações nas bolsas de valores globais. A moeda norte-americana subiu 0,74%, fechando a R$ 5,705. Esse valor representa o maior patamar de fechamento desde o início de agosto, quando o dólar chegou a R$ 5,74. A divisa acumula uma alta de 4,74% em outubro e de 17,56% no acumulado do ano.

A alta do dólar foi impulsionada por um ambiente de volatilidade e duas pressões externas: as incertezas sobre o cenário eleitoral nos Estados Unidos e o crescimento econômico mais forte que o esperado na economia norte-americana. As bolsas de valores ao redor do mundo também refletiram esse cenário, e o índice Ibovespa, da B3, não foi exceção. Após alternar entre ganhos e perdas ao longo do dia, o principal indicador da bolsa brasileira fechou em 129.893 pontos, com uma leve queda de 0,13%.

A movimentação da moeda e da bolsa foi influenciada, primeiramente, pela divulgação de uma pesquisa que aponta um cenário de empate entre os candidatos Kamala Harris e Donald Trump na disputa presidencial dos EUA. Com as eleições a 11 dias de distância, a incerteza sobre o desfecho gera receios de uma política comercial mais agressiva caso o republicano vença, o que pode pressionar o dólar em escala global.

Outro fator que ajudou a elevar a cotação do dólar foi a divulgação de dados que apontam o aquecimento da economia dos Estados Unidos. Esse cenário pode levar o Federal Reserve (Fed) a manter as taxas de juros em níveis elevados por mais tempo, estimulando a procura por ativos norte-americanos, considerados de menor risco. Esse movimento pode resultar na saída de capitais de mercados emergentes, como o Brasil, impactando as cotações da moeda estrangeira.

No mercado de ações, alguns setores conseguiram compensar a pressão de baixa. As petroleiras subiram, impulsionadas pela recuperação dos preços do petróleo no mercado internacional. A mineradora Vale também contribuiu para reduzir as perdas na B3, com uma valorização de 3,4% após divulgar um balanço positivo do terceiro trimestre e formalizar um acordo de indenização às vítimas do desastre de Mariana, em Minas Gerais.

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