Economia
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Em um dia marcado por instabilidade, o dólar comercial encerrou a sessão desta terça-feira (7) vendido a R$ 5,351, com alta de 0,75%. A cotação chegou a recuar pela manhã, mas voltou a subir durante a tarde, fechando próxima da máxima do dia.
A moeda norte-americana atingiu o maior valor desde 25 de setembro, acumulando alta de 0,51% em outubro. No acumulado de 2025, porém, o dólar ainda registra queda de 13,43%.
A valorização reflete o aumento da aversão ao risco no exterior, agravada por incertezas políticas e econômicas tanto no Brasil quanto em outros mercados.
O Ibovespa, principal índice da B3, caiu 1,57%, fechando aos 141.356 pontos, o menor patamar desde 4 de setembro. Essa foi a segunda queda consecutiva do indicador, impactado pela fuga de investidores e pela queda de papéis ligados a commodities e bancos.
Entre os fatores que contribuíram para o recuo estão a crise política na França, com a renúncia do primeiro-ministro Sebastien Lecornu, e o temor de shutdown nos Estados Unidos, que provocou um movimento global de valorização do dólar e desvalorização de ativos de risco.
No cenário interno, o foco do mercado foi a medida provisória que aumenta a tributação sobre investimentos, apresentada pelo governo federal para compensar a redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O texto precisa ser votado até quarta-feira (8) para não perder validade, o que gerou preocupação entre investidores e aumentou a volatilidade no câmbio e na bolsa.
No fim da tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um acordo para votação da medida, que foi aprovada pela comissão especial do Congresso no início da noite. O anúncio trouxe alívio parcial ao mercado, mas o sentimento de cautela permaneceu.
“A incerteza sobre o equilíbrio fiscal e o impacto das novas regras tributárias ainda preocupa os investidores”, avaliou um analista ouvido pela imprensa econômica.