Economia
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Após uma sessão marcada por fortes oscilações, o dólar comercial fechou esta terça-feira (17) praticamente estável, sendo vendido a R$ 6,096, com leve alta de 0,02%. Durante o dia, a moeda chegou a atingir R$ 6,20, mas recuou após intervenções do Banco Central (BC) e declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, sobre o andamento do pacote de corte de gastos do governo.
O BC interveio duas vezes no mercado. Pela manhã, vendeu US$ 1,272 bilhão por volta das 9h30, quando o dólar estava em R$ 6,14. Após a moeda atingir o pico de R$ 6,20, houve uma nova venda, de US$ 2,015 bilhões, o que estabilizou temporariamente a cotação. Durante a tarde, declarações de Lira sobre o andamento do pacote fiscal ajudaram a reduzir a instabilidade. Às 15h, o dólar chegou à mínima do dia, cotado a R$ 6,06, mas recuperou força e encerrou próximo à estabilidade.
No mercado de ações, o Ibovespa, principal índice da B3, registrou recuperação após três dias consecutivos de queda, fechando com alta de 0,92%, aos 124.698 pontos. A valorização reflete o alívio parcial dos investidores em meio à expectativa de aprovação das medidas fiscais.
Em dezembro, o BC já vendeu US$ 12,76 bilhões das reservas internacionais, entre operações à vista e leilões de linha, em que os dólares são recomprados posteriormente. Este é o maior volume de intervenções desde março de 2020, início da pandemia de covid-19.
As declarações de Lira, acompanhadas da presença do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, no Congresso Nacional para negociar medidas com os parlamentares, contribuíram para reduzir a volatilidade no mercado. A aprovação do pacote antes do recesso parlamentar, previsto para começar na sexta-feira (20), é vista como crucial para a estabilidade econômica e o ajuste fiscal.