Economia
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O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (11) cotado a R$ 5,968, marcando uma queda de 1,3% e fechando abaixo dos R$ 6 pela primeira vez desde o dia 28 de novembro. A moeda oscilou ao longo do dia, mas despencou no fim da tarde após o anúncio de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva passará por um novo procedimento médico nesta quinta-feira (12) para prevenir novas hemorragias no crânio.
A mínima do dia foi registrada por volta das 16h35, quando o dólar atingiu R$ 5,95, momentos após a divulgação da notícia médica.
O índice Ibovespa, principal indicador da B3, também registrou alta, fechando com avanço de 1,06%, aos 129.593 pontos. Foi a terceira alta consecutiva do índice, que passou a maior parte do dia operando em baixa, mas reverteu o movimento após o comunicado médico sobre o estado de saúde de Lula.
A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), concluída após o fechamento do mercado, foi outro ponto de atenção. O Copom decidiu elevar a Selic em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano, e indicou que aumentos semelhantes devem ocorrer nas reuniões de janeiro e março, o que poderá elevar a taxa básica para 14,25% ao ano no primeiro trimestre de 2025.
Embora a decisão do Copom tenha sido divulgada somente após o fechamento do mercado, a expectativa de juros mais altos já vinha influenciando as negociações. Juros elevados tendem a atrair capital estrangeiro, aliviando a pressão sobre o dólar.
Além das movimentações no mercado financeiro, o estado de saúde de Lula e a política monetária continuam no centro das preocupações. A combinação de fatores internos e externos, como o aumento da taxa de juros e a expectativa de medidas fiscais do governo, deve continuar moldando o comportamento dos ativos brasileiros nos próximos dias.