Economia
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O dólar à vista encerrou a sessão desta segunda-feira (15) em baixa de 0,59%, cotado a R$5,3220, o menor valor desde 6 de junho de 2024, quando fechou em R$5,2493. No ano, a moeda acumula queda de 13,97% frente ao real.
Na B3, às 17h03, o dólar para outubro — contrato mais líquido — cedia 0,56%, a R$5,3405. Durante o dia, a moeda oscilou entre a máxima de R$5,3558, na abertura, e a mínima de R$5,3092, no início da tarde.
O movimento acompanhou a queda global do dólar diante da expectativa de que o Federal Reserve deverá cortar sua taxa de juros na quarta-feira (17). Analistas projetam 96% de probabilidade de redução de 0,25 ponto percentual, podendo chegar a 0,50, segundo relatórios de mercado.
“A queda do dólar ante o real antecipa a decisão do Federal Reserve, diante de dados recentes de arrefecimento da economia americana”, avaliou Nickolas Lobo, especialista em investimentos da Nomad.
No Brasil, investidores apostam na manutenção da Selic em 15%, o que torna o país atrativo para capital estrangeiro. A queda do dólar esteve alinhada ao avanço do Ibovespa e à redução das taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs), em um dia positivo para os ativos brasileiros.
O mercado também acompanha o cenário político após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Apesar da ameaça de retaliações dos Estados Unidos, até o momento nenhuma medida adicional foi anunciada.
Em julho, o presidente Donald Trump havia justificado a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros citando, entre outros fatores, o julgamento de Bolsonaro. Além disso, os EUA aplicaram sanções pela Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.