Economia
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O dólar encerrou esta sexta-feira (20) em queda de 0,87%, cotado a R$ 6,0710, após o Banco Central (BC) injetar US$ 7 bilhões no mercado e o Senado concluir a votação do pacote fiscal do governo. Apesar do recuo pelo segundo dia consecutivo, a moeda norte-americana ainda acumulou alta de 0,69% na semana, reflexo das incertezas sobre a política fiscal.
No início do dia, o BC realizou um leilão à vista de US$ 3 bilhões e, posteriormente, vendeu mais US$ 4 bilhões em operações de linha, que envolvem venda de dólares com recompra futura. Com as intervenções desta sexta-feira, o total injetado pelo BC no mercado cambial desde a semana passada atingiu US$ 27,77 bilhões.
A aprovação do pacote fiscal pelo Congresso também contribuiu para a queda do dólar. Entre as medidas aprovadas, estão a restrição ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o limite ao aumento real do salário mínimo. O Senado também deu aval para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz despesas obrigatórias e aprovou um projeto de lei complementar que estabelece limites para o crescimento das despesas públicas.
No período da tarde, declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçaram a confiança no mercado. Em vídeo publicado nas redes sociais, Lula afirmou que o futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo, terá autonomia e a confiança da equipe econômica. Ele também destacou a possibilidade de novas medidas fiscais, caso sejam necessárias. O anúncio, acompanhado pelos ministros Fernando Haddad e Simone Tebet, contribuiu para a queda da cotação, que atingiu a mínima de R$ 6,0456 no meio da tarde.
No mercado de ações, o Ibovespa fechou o dia em alta de 0,5%, alcançando 121.788 pontos, impulsionado pelo alívio no câmbio e nas taxas dos contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs). Apesar da recuperação parcial, o índice ainda acumulou queda de 2,27% na semana, refletindo a volatilidade provocada pelas discussões fiscais. O volume financeiro na B3 somou R$ 25,95 bilhões, impulsionado pelo vencimento de opções sobre ações.