Economia
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O dólar comercial fechou esta sexta-feira (6) em forte alta, sendo vendido a R$ 6,071, o maior valor nominal desde a criação do Plano Real. A cotação subiu 1% em relação ao dia anterior, acumulando alta de 1,02% na semana e 25,1% em 2024. A moeda norte-americana chegou a operar em baixa pela manhã, atingindo R$ 5,99, mas reverteu o movimento após dados positivos sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos surpreenderem os analistas.
Os EUA registraram a criação de 227 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola em novembro, acima das expectativas do mercado. O número representa uma recuperação em relação a outubro, quando apenas 36 mil postos foram abertos devido a furacões e greves. O resultado reduz as chances de novos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed), que atualmente mantém a taxa básica entre 4,5% e 4,75% ao ano.
Esse cenário pressionou o dólar globalmente, provocando alta da divisa frente a diversas moedas, inclusive o real.
O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o dia em queda de 1,5%, aos 125.946 pontos, retornando ao patamar abaixo dos 126 mil pontos. Apesar de um início de dia com leve baixa, o índice despencou após a divulgação dos dados norte-americanos. O movimento reflete o impacto das incertezas internacionais e das tensões no mercado interno.
No cenário doméstico, os investidores reagiram negativamente à tramitação do pacote de cortes de gastos obrigatórios enviado pelo governo ao Congresso. A possibilidade de alterações nas medidas, como mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC), aumentou a desconfiança sobre a capacidade do governo em implementar ajustes fiscais.