A saúde fragilizada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após ser submetido à sétima cirurgia para tratar uma suboclusão intestinal, que é uma obstrução parcial do intestino causada por aderências formadas após múltiplas cirurgias decorrentes da facada sofrida em 2018, acende um sinal de alerta na direita brasileira. É preciso definir um plano B para a disputa presidencial em 2026. Bolsonaro também está inelegível e caminha para uma condenação no STF por tentativa de golpe de estado. O ex-presidente segue internado em um hospital particular em Brasília com quadro estável, mas sem previsão de alta médica.
Os nomes na direita que hoje são cogitados para entrar na disputa são os do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas; do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e do governador do Paraná, Ratinho Jr. Todos três querem o voto do bolsonarismo, mas evitam dizer que Jair Bolsonaro já é “carta fora do baralho”. Tarcísio de Freitas desponta como o preferido da elite paulista e do mercado financeiro.
Ao mesmo tempo, defensores de um plano B na direita avaliam que é perder tempo continuar alimentando entre os simpatizantes que Bolsonaro será o candidato. A campanha por uma anistia geral aos envolvidos na depredação de Brasília em 8 de janeiro é uma forma de incluir o ex-presidente e outros golpistas. Mas a ideia está difícil de prosperar e, certamente, se aprovada, deve ser considerada inconstitucional pelo STF.
Na esquerda, o nome do atual presidente Lula (PT) é dado como certo para ir à reeleição. Segundo o Datafolha, a queda de popularidade do petista nos últimos meses estacionou e as projeções mostram que Lula não perde para nenhum dos adversários já apresentados. “Lula está com a saúde de ferro…O governo está fazendo de tudo para entregar tudo aquilo que foi prometido…Vamos disputar as eleições: seja com o ex-presidente ou com qualquer outro candidato. Mesmo com essa queda na popularidade, as pesquisas mostram que Lula ganha de todos”, declarou o líder do Governo na Câmara Federal, José Nobre Guimarães.