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O câncer de pele não melanoma, o tipo mais incidente no Brasil, representa cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Para conscientizar a população, a Sociedade Brasileira de Dermatologia promove a campanha Dezembro Laranja, destacando a prevenção durante o verão, período de maior exposição ao sol.
De acordo com o cirurgião oncológico Jefferson Oliveira, do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), o câncer de pele não melanoma ultrapassa tumores de mama, próstata, cólon e reto, pulmão e estômago em incidência. Embora mais comum em pessoas acima de 40 anos, a exposição solar precoce tem reduzido a média de idade dos pacientes. “O câncer apresenta altos percentuais de cura quando tratado precocemente, mas, se negligenciado, pode causar mutilações expressivas”, alerta o médico.
O câncer de pele não melanoma afeta principalmente áreas expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas, manifestando-se por meio de manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram, além de feridas que não cicatrizam em até quatro semanas. A detecção precoce é fundamental e pode ser feita por exames clínicos, laboratoriais ou de imagem, especialmente em pessoas com fatores de risco ou sintomas sugestivos.
O diagnóstico geralmente é realizado pelo exame clínico, podendo incluir biópsias para análise mais detalhada.
O tratamento mais indicado é a cirurgia, com possibilidade de associação à radioterapia em casos específicos. “Após a cirurgia, o câncer de pele não melanoma normalmente está curado, mas qualquer sinal de recidiva exige avaliação médica imediata. A proteção solar é indispensável para prevenir novos casos”, reforça Jefferson Oliveira.
A campanha Dezembro Laranja busca conscientizar sobre os perigos da exposição solar sem proteção, enfatizando o uso de protetor solar, roupas adequadas e acessórios como chapéus e óculos escuros para reduzir os riscos. A detecção precoce e o tratamento adequado são as principais armas contra o câncer de pele.