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As defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros seis aliados têm até o fim desta quarta-feira (13) para apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) as alegações finais na ação penal que apura a chamada trama golpista.
Os advogados tiveram 15 dias para preparar as manifestações, prazo iniciado após a entrega das alegações do tenente-coronel Mauro Cid, delator do caso. Pela regra processual, os réus não delatores se manifestam por último.
As alegações finais representam a última manifestação antes do julgamento. Após essa etapa, o relator Alexandre de Moraes deve encerrar a instrução processual e liberar o caso para julgamento na Primeira Turma do STF, formada por cinco ministros: Moraes, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino.
Embora não haja data definida, a expectativa no Supremo é que a primeira ação penal sobre a tentativa de golpe seja julgada até o fim de setembro. Até lá, as defesas ainda podem apresentar pedidos, contestações ou solicitar reabertura da instrução, caso surjam novos fatos.
A decisão será colegiada e, em caso de condenação, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão. A execução não será imediata, já que há possibilidade de recursos, e militares e delegados terão direito a prisão especial.
A ação penal envolve oito integrantes do chamado núcleo 1 ou principal do caso:
Jair Bolsonaro (capitão, ex-presidente)
Alexandre Ramagem (delegado da PF e deputado federal, ex-diretor da Abin)
Almir Garnier (almirante, ex-comandante da Marinha)
Anderson Torres (delegado da PF, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF)
Augusto Heleno (general, ex-ministro do GSI)
Paulo Sérgio Nogueira (general, ex-ministro da Defesa)
Walter Braga Netto (general, ex-ministro e ex-candidato a vice)
Mauro Cid (tenente-coronel, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, delator)