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Custo da cesta básica em Fortaleza sobe 1,46% em fevereiro

Aumento foi impulsionado pelos preços do café, tomate e carne; valor da cesta básica compromete mais de 50% do salário mínimo líquido.
O aumento em 12 meses foi de 13,22%, o maior entre as capitais analisadas pelo Dieese. (Valter Campanato)

O custo da cesta básica em Fortaleza registrou um aumento de 1,46% em fevereiro de 2025, atingindo R$ 710,66, de acordo com pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O principal fator para a alta foi o aumento nos preços de sete dos doze itens que compõem a cesta, com destaque para o café (7,46%), o tomate (4,70%) e a carne (2,30%).

Com esse valor, um trabalhador que recebe um salário mínimo líquido de R$ 1.304,15 precisou comprometer 54,41% da sua renda apenas com os produtos básicos de alimentação.

Alta acumulada é a maior entre as capitais brasileiras

No comparativo com fevereiro de 2024, a cesta básica em Fortaleza apresentou uma elevação de 13,22%, sendo o maior aumento entre as capitais analisadas pelo Dieese. Em agosto de 2024, o custo da cesta era R$ 627,67, o que representa um crescimento de 12,72% em seis meses.

Entre os produtos que mais subiram no período estão o tomate (48,66%), o café (40,54%) e o óleo (32,18%). Por outro lado, a banana (-15,24%) e o feijão (-4,67%) apresentaram redução nos preços.

Comparação com outras capitais

A pesquisa do Dieese também analisou a variação da cesta básica em 17 capitais brasileiras. Em 14 delas, houve aumento entre janeiro e fevereiro de 2025, com as maiores altas registradas em Recife (4,44%), João Pessoa (2,55%) e Natal (2,28%).

Por outro lado, três capitais tiveram redução no custo da cesta básica: Goiânia (-2,32%), Florianópolis (-0,13%) e Porto Alegre (-0,12%). O maior valor foi registrado em São Paulo, onde a cesta atingiu R$ 860,53.

Impacto no poder de compra do trabalhador

Com o salário mínimo de R$ 1.518,00, um trabalhador que recebe esse valor precisaria trabalhar 104 horas e 43 minutos para adquirir a cesta básica – um leve aumento em relação a janeiro (103 horas e 34 minutos).

Já considerando o salário mínimo líquido, o comprometimento com a cesta básica foi de 51,46% da renda mensal, um percentual que segue alto e impacta diretamente o orçamento familiar.

O Dieese também estimou que o valor necessário para suprir as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas em fevereiro de 2025 deveria ser de R$ 7.229,32, o equivalente a 4,76 vezes o salário mínimo atual. Esse valor era de R$ 7.156,15 em janeiro de 2025 e R$ 6.996,36 em fevereiro de 2024, evidenciando a escalada do custo de vida no Brasil.

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