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Venda da SAF do Ferroviário sofre contestação e clube enfrenta crise interna

Grupo de conselheiros prepara medida cautelar para barrar negociação com portugueses enquanto clube lida com atrasos, cortes e pressão esportiva.
crise SAF Ferroviário Elzir Cabral
A situação no clube coral é de crise antes de jogo decisivo na Série D. (Foto: Lenilson Santos/FAC)

O Ferroviário vive dias de tensão administrativa e esportiva. Em fevereiro de 2025, o clube aprovou em assembleia a venda de sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF) para investidores portugueses liderados por Pedro Roxo, CEO da empresa Makes. No entanto, o negócio ainda não foi oficializado, e um grupo de conselheiros, liderado por Wilemar Rodrigues e pelo ex-presidente Newton Filho, articula uma medida cautelar para suspender a transação e convocar novas eleições no clube. As alegações incluem supostos vícios jurídicos no processo e denúncias de atrasos salariais, problemas estruturais e falta de transparência. As informações foram divulgadas, inicialmente, pelo jornal OPOVO.

Denúncias e crise de gestão aumentam tensão

O conselheiro Wilemar Rodrigues critica a condução do processo e denuncia falhas na administração coral. Segundo ele, os atletas sofreram com atrasos de salários, falta de alimentação adequada e transporte precário, chegando a ir de táxi para partidas. Além disso, relata que os portugueses atuam no clube desde junho sem assinatura de compromisso formal, situação que considera irregular.

Em resposta, o presidente Aderson Maia afirma que os salários foram regularizados e nega greves de jogadores. Ele reforça que o contrato com os investidores permite prorrogação do prazo para oficialização da venda e garante que o processo está sendo conduzido de forma transparente. Maia também argumenta que os vícios apontados partem de conselheiros contrários à venda aprovada democraticamente.

Corte de energia e impacto no elenco

A crise ganhou novo capítulo nesta semana com o corte de energia no estádio Elzir Cabral na terça-feira (5), devido a contas em atraso. O fornecimento foi restabelecido na manhã desta quarta (6). Parte dos jogadores alojados na sede foi deslocada para um hotel, medida adotada para preservar a preparação.

Aderson Maia afirmou que o pagamento das dívidas foi realizado, incluindo a antecipação da fatura seguinte, e que o atraso no restabelecimento é responsabilidade da operadora.

Disputa jurídica e decisão em campo

Enquanto a disputa judicial se desenha, o clube enfrenta um desafio crucial dentro de campo. No sábado (9), o Ferroviário encara o ASA, em Arapiraca, pela segunda fase da Série D. Após perder o jogo de ida por 1 a 0, o Tubarão da Barra precisa vencer por dois gols para se classificar, ou levar a decisão para os pênaltis com triunfo simples.

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