Poder
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															Sete governadores anunciaram nesta quinta-feira (30) a criação do “Consórcio da Paz”, uma iniciativa para integrar o combate ao crime organizado no Brasil. A medida, formalizada no Rio de Janeiro, prevê a troca de informações de inteligência, apoio financeiro e de efetivo policial entre os estados participantes.
O anúncio ocorre logo após uma megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio, que resultou em mais de 120 mortes. Liderado por governadores como Cláudio Castro (RJ), Romeu Zema (MG) e Tarcísio de Freitas (SP), o grupo pretende unificar estratégias e realizar compras consorciadas de equipamentos. “Vamos dividir as experiências, soluções e ações do combate ao crime organizado”, afirmou Castro.
Apesar de buscarem integração, os governadores presentes fizeram críticas à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, enviada pelo governo federal ao Congresso. Segundo eles, a proposta retira a autonomia dos estados sobre suas polícias. “O único objetivo do governo federal é tirar dos governadores as diretrizes gerais da segurança pública”, declarou Ronaldo Caiado, governador de Goiás.
A operação no Rio, elogiada pelos governadores como “bem-sucedida”, é alvo de críticas de especialistas e organizações de direitos humanos devido à alta letalidade e denúncias de execuções. O principal alvo da ação não foi capturado.